29 de dez. de 2012

Acará disco (Symphisodon discus)

O rei dos aquários, comumente chamado, tem seu nome científico de "Symphisodon discus" (imagem 1) e pertence á família Cichlidae. Espécie Amazônica que é encontrada nos rios Negro e Madeira.
                       
                                                        imagem 1
Reprodução
Depois de movimentos de namoro, com modos desajeitados e dengosos, acompanhados de apropriadas olhadelas de rabo de olho, o par une os beiços, frente a frente, segurando firme, o assim fica por curto período de tempo. No intervalo dos beijos recuam e parecem ameaçar um ao outro. Então  com umas espadadas para diante, parecem mostrar a disposição para um ataque de frente. No último momento a colisão é desviada por um leve movimento lateral do peixe parado. A passagem é sempre feita pela direita. Horas antes da desova a fêmea apresenta um oviduto curto, por onde saem os óvulo, de cor âmbar, poucos de cada vez em fila. Um canal semelhante aparece no macho, por onde sai o liquido espermático. Uma semana após a  reprodução, esse canal desaparece em ambos os sexos. Um ótimo local para depositar os ovos dos peixes é uma barra de ardósia em angulo oblíquo ao vidro. 
Ainda que os pais fiquem dando voltas e abanando os ovos, o fato triste é que depois de dois dias eles comem os ovos, ou os novos peixinhos. Os ovos devem ser separados dos pais depois de um dia. A temperatura ideal éem torno de 29,5°C. 
                            
Formato
Apresenta corpo discoidal, possuindo 9 faixas verticais. Possui cerca de 40 raios nas nadadeiras dorsal e anal. Sua dentição fica na parte anterior de cada maxila.
Atinge 20 cm de comprimento total por 25 cm de altura.
Dimorfismo sexual
O mais aconselhado é esperar que eles se tornem adultos e formem casais. E no período de reprodução você conseguirá distinguir. 
Distribuição geográfica 
América do sul, Bacia Amazônica, rios Negro e Madeira.

28 de dez. de 2012

Muçum (Synbranchus marmoratus)

O Synbranchus marmoratus (imagem 1) pertence á família Synbranchidae. Espécie encontradas nos açudes, rios e lagos da América Latina. Ele não possui escamas, nadadeiras pares e bexiga natatória. Sua pele é guarnecida de muitas glândulas mucosas, cuja secreção o torna escorregadio. Quando a água desaparece o peixe se enterra, cavando longos tuneis (imagem 2), nos quais permanece por muitos meses. Nesses momentos é totalmente fundamental sua respiração aérea. Oque é fundamental também é a liberação de uma quantidade de muco, e assim se mantém umedecida enquanto alterações na fisiologia dos rins e figado o mantém sem alimentação.
O Muçum é um predador de hábitos noturnos, que se alimenta de presas vivas, principalmente, crustáceos, moluscos e pequenos peixes, mas também de insetos, minhocas e materiais vegetais.
O Muçum pode deslocar de um rio para o outro e sua respiração aérea é fundamental para sua sobrevivência. (imagem 3)
Se compararmos com outras famílias de peixes ósseos (que podem ter centenas de espécies), os Synbranchidae constituem um grupo pequeno, com apenas quatro gêneros e pouco mais de vinte espécies, distribuídos na região tropical da Ásia, na Oceania, oeste da África, América Central e América do Sul.  
O gênero Synbranchus é o único dessa família que ocorre no Brasil, com três espécies popularmente conhecidas como Muçumenguia-do-pântano ou cobra-d’água (embora sejam peixes). A espécie Synbranchus marmoratus é o Muçum mais comum e mais conhecido.
                      
                    
                            
                                                                 imagem 1


                             
                                                                  imagem 2


                              
                                                                   imagem 3


Imagem 2 retirada de: http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao25.htm

                                                                                                                           Garden

25 de dez. de 2012

Peixe-Lua (mola mola)

                                     


O mola mola (imagem 1), pertence a família Molidae. É uma espécie marinha, de corpo discoidal e achatado. Possui  nadadeira dorsal triangular, igual á ventral. Quando nasce seu formato é igual aos outros peixes, e de acordo com o crescimento, vai atingindo a forma de roda ou de lua. Há placas ósseas hexagonais no corpo. O dorso é azulado e o ventre. Na sua pele encontram-se parasitos, como copépodos e cirripédios. No intestino há vermes (cestódeos, trematódeos e nematódeos). Atinge 2,5 m de altura e 900 Kg de peso. Pode ser chamado de "Peixe-roda".
imagem 1


imagem 2

                                                                                                     Garden


24 de dez. de 2012

Dourado (Salminus maxillosus)

O Salminus maxillosus é pertencente á família Characidae.  Ele vive na bacia do Prata, do Rio Magdalena e nos rios do Peru da Bacia Amazônica. É um dos peixes mais apreciados pelos pescadores por sua excelência de sua carne e pelo fato de ser difícil a sua captura por meio de anzol e vara. Umas das iscas utilizados para pescar dourado são curimbatás pequenos ou pedaços deles, cascudos, traíras, canivetes, piavas, lambaris...  Foi um dos primeiros peixes brasileiros a serem estudados pela idade em análise as suas escamas. Com um ano de idade ele pode atingir em média 26 cm; em cinco anos de 65 cm a 85 cm. Nada em média 10 Km por dia. As fêmeas são maiores e consequentemente mais pesadas.  A linha lateral tem  uma variação de 89 a 105 escamas. Seu colorido é amarelo-dourado. O jovem alimenta-se de insetos aquáticos. Já os adultos comem, principalmente, lambaris, saguirus e piquiras. O dourado não é recomendado para psicultura devido ao período lento de crescimento e pela exigência de bastante alimento carnívoro. Não desova em cativeiro, necessitando de migrações para o amadurecimento dos órgãos sexuais.  Foi conseguida sua reprodução após hipofisação de alguns exemplares na época de reprodução. É conseguido em média 2000 alevinos.
                                  
                           
                     
                                  
                                                                                                                                      Garden

23 de dez. de 2012

Peixe Panga ( Pangasius hypophthalmus)

Peixe Panga
Após alguns dias sabendo da existência deste peixe, venho aqui falar sobre sua "fama" de peixe podre. Surgiu há algum tempo na internet uma falsa noticia que falava que o Peixe Panga possuía uma carne completa de vermes e que sua origem vinha de rios podres da Asia, mas na verdade o Peixe Panga que nós comemos nos restaurantes, possui qualidade igual ou até mesmo superior a dos nossos peixes. Todos esses boatos foram criados porque o Peixe Panga é mais barato que os peixes que comemos normalmente.
O Peixe Panga é cultivado há mais de 1000 anos no Rio Mekong (imagem 1), que nasce no Planalto do Tibete e depois percorre a China, a Tailândia, o Laos, o Camboja  e o Vietnam.

O Peixe Panga pertence ao gênero Pangassius, e á família Pangasidae. Somente duas espécies são cultivadas no Rio Mekong, a espécie Pangasius bocourti e Pangasius hypophthalmus, mas somente a segunda espécie é destinada a exportação.
O habitat do Peixe Panga tem ph de 6,2 a 8,2 dependendo de onde ele se encontra. Na parte superior do Rio Mekong o ph fica de 6,9 a 8,2 com uma fluidez considerável e a água é relativamente limpa. Já na parte baixa do Rio Mekong a água tem o ph variando de 6,2 a 6,5.
O Peixe Panga pode chegar a 1 metro no seu habitat natural, mas em aquarios chega a 20-30 cm. O pangassius não possui escamas e sim couro. Um detalhe interessante da espécie e sua respiração auxiliar, que funciona com ar atmosférico. A reprodução em cativeiro só é conseguida com aplicação de hormônios retirados da hipófise de peixes da mesma família.